Biodiesel

“Bio Diesel, Novas perspectivas”. Esse é o tema do seminário que começou hoje no Centro de Eventos do Pantanal e será acompanhado pela Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa. Hoje de manhã, na abertura do evento, estiveram presentes os deputados Humberto Bosaipo (PFL), Sérgio Ricardo (PPS), J. Barreto (PL), Ságuas Moraes e Verinha Araújo (ambos PT). A organização é da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com apoio dos governos estadual e federal, e entidades da sociedade civil organizada. O seminário vai até sexta-feira.

O coordenador do evento, pró-reitor de Pesquisa da UFMT, Paulo Teixeira Souza Júnior, frisa que o objetivo do seminário é melhorar o nível de conhecimento no Estado sobre o assunto, contribuindo para o desenvolvimento sócio-econômico. Ele lembra que o Brasil é liderança mundial em bio-combustível e detém tecnologia na agricultura, condições e clima adequado à produção das oleaginosas que geram o bio-diesel.

O seminário vai discutir a cadeia do bio-diesel, os marcos regulatórios e as vantagens e limitações desse combustível, além do impacto do uso nos motores dos veículos e o crédito de carbono, entre outros assuntos. Estão participando do evento governo, agências reguladoras, pesquisadores, setor político e empresarial.

Segundo Sérgio Ricardo, o bio-diesel é importante porque pode representar mais uma matriz energética. Ele pode ser também, como diz o deputado, uma oportunidade para pequenos e grandes produtores de mamona e soja. O parlamentar ressalta, porém, que o momento é de pesquisa, ainda há muito o que ser estudado. Sérgio destaca o fato do bio-diesel ainda ser muito caro, o que o torna inviável, por enquanto.

O deputado J. Barreto frisa que a Assembléia Legislativa já tem discutido o tema e que agora, com esse seminário, Mato Grosso sai na frente e a UFMT avança em tecnologia. “Temos que aplaudir a iniciativa. O mundo busca novas alternativas, é uma energia limpa e o Estado está antenado com esse novo momento”, cita. De acordo com o deputado Humberto Bosaipo, Mato Grosso já tem três usinas com bom potencial na área de bio-diesel e o seminário da UFMT atualiza o conhecimento científico. “A UFMT sai na frente com a pesquisa e a Assembléia cuida da parte de legislação. A Comissão de Meio Ambiente está acompanhando isso”, afirma.

Ságuas Moraes salienta que o biodiesel é mais uma alternativa de emprego e renda para Mato Grosso. “Não é o combustível do futuro, é do presente. Em 2008 ele já deve ser adicionado ao diesel”, argumenta. A deputada Verinha Araújo aponta que Mato Grosso é o segundo Estado do país em capacidade de produção e demanda, por isso o seminário da UFMT é importante. Mas uma das principais vantagens do biodiesel, conforme a parlamentar, é promover a inclusão social. Isso é possível por meio do consumo da produção de oleaginosas de pequenos produtores rurais, que geralmente ficam à margem da geração de renda.

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